CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS


A Raiva é uma Zoonose de caráter agudo que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) da maioria dos mamíferos e é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus.

No Estado de Mato Grosso do Sul, causa enormes prejuízos à pecuária e as suas ocorrências são favorecidas pela sua posição geográfica, em conseqüência de fatores como, topografia e clima favoráveis ao desenvolvimento das diversas espécies de morcegos. Um exemplo disso é a Serra de Maracajú que divide o Estado. Isso proporciona condições propícias de habitação desses quirópteros, especificamente dos hematófagos, em conseqüência da existência de abrigos como as cavernas aliado à fartura de alimentos, representadas pela população bovina estimada em 19 milhões de cabeças (2022) e que já chegou a causar perdas anuais de aproximadamente 2.000 animais.

Nos últimos anos a doença tem avançado dessas áreas, para regiões de surtos esporádicos ou livres da enfermidade. Esse avanço se deve principalmente aos impactos ambientais (construção de usinas hidrelétricas) e mudanças no perfil econômico (retirada da pecuária para plantio de eucalipto, cana e outras culturas).

Das três espécies de morcegos hematófagos existentes no Brasil, a espécie Desmodus rotundus é tida como a principal transmissora da Raiva aos herbívoros.

OBJETIVOS
 
  • Baixar a prevalência da enfermidade através da:
    • Vacinação estratégica de espécies susceptíveis em áreas de maior risco;
    • Controle populacional de seu principal transmissor, morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus;
    • Cadastramento e revistoria periódica dos abrigos;
    • Educação sanitária através de vigilâncias em propriedades de maior risco e palestras a produtores rurais;
    • Atendimento de suspeitas nervosas;
    • Cursos de aperfeiçoamento dos servidores atuantes no campo;
    • Avaliações do andamento das ações do Controle da Raiva junto à Instituições de Ensino e Pesquisa;

    Para o controle dos morcegos hematófagos existem duas formas: captura direta nos abrigos (naturais e artificiais), ou nos currais e a forma indireta onde o produtor aplica a vampiricida ao redor da sugadura recente dos morcegos.

    Nos dois casos, ao retornarem ao abrigo, os morcegos passarão a vampiricida aos outros morcegos através de lambedura e contato com início das mortes 3 a 4 dias após.

    Portanto, toda vez que os moradores da área rural encontrarem os animais com perda de apetite, salivação, andar cambaleante, não consegue se alimentar nem se movimentar e vem a óbito entre 3 e 7 dias após; possuirem animais com sugadura por morcegos hematófagos e/ou tiverem conhecimento de abrigos com morcegos, comunicarem a Unidade Veterinária da IAGRO mais próxima e não manusearem estes animais. Caso qualquer pessoa entre em contato com animal suspeito ou venha a ser agredido por morcegos, cães, gatos, procurar imediatamente o Posto de Saúde mais próximo.

    OBS: é importante ressaltar que a Raiva é uma Zoonose que não tem cura total, portanto todo animal suspeito de doença nervosa deve ser avaliado por médico veterinário ou servidor do Serviço Oficial, pois estes são devidamente treinados e vacinados.

 
 
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