Campo Grande (MS) – Desde maio de 2015, através da portaria Iagro n° 3334, para o trânsito de equídeos, em Mato Grosso do Sul, é obrigatória a apresentação de exame negativo para mormo, cuja colheita de material deve ser realizada por médico veterinário autônomo, cadastrado junto à SFA-MAPA, e o material encaminhado aos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura.
Até então, Mato Grosso do Sul, não tinha nenhum laboratório credenciado. O que acarretava no envio do material para outros estados da federação, o que além de tornar o trâmite demorado, já que o resultado sai com aproximadamente 10 dias, também onera o custo para o criador que precisa realizar o exame no animal a cada 60 dias.
Em 24 de fevereiro, o estado de Mato Grosso do Sul teve dois laboratórios credenciados e podem ser consultados no link (http://www.iagro.ms.gov.br/programa-nacional-de-sanidade-dos-equideos-pnse/)
Sobre o Mormo
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e, no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção.
A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamentos de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.