Campo Grande MS – Com o objetivo de atender às orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que emitiu alerta orientando os estados a aumentarem a vigilância para prevenir a entrada da peste suína africana (PSA) no Brasil, a Iagro definiu, na última quinta-feira (12), as estratégias de prevenção que serão implementadas em Mato Grosso do Sul.
Segundo o diretor-presidente da Agência, Daniel Ingold, as ações de caráter preventivo acontecerão nos próximos dias nas regiões de fronteira internacional e divisas estaduais. Na ocasião, os profissionais irão realizar a distribuição de material educativo e orientar a população nas barreiras e em propriedades rurais de maior risco.
A reunião, que detalhou o trabalho, contou com a presença da chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Janine Ferra Vieira de Almeida; da coordenadora do Programa de Sanidade Suídea, Reny Correa Lyrio; da chefe da Divisão de Epidemiologia, Giuliana da Fonte Nogueira; do gerente de Controle e Operações, Marco Aurélio Guimarães; do Chefe da Divisão de Trânsito Agropecuário, Marcelo Sebastião Marcondes; da chefe do Núcleo de Trânsito Animal, Letícia Umeda; da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal – GIDSA, Jacqueline Marques de Oliveira; do coordenador do Núcleo de Controle de Fiscalização de Eventos com Aglomeração de Animais, Natal Henrique Monteiro Junior; membro da Divisão de Educação Sanitária, Sílvia Vollino Libman Luft.
Para representar a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS) a reunião contou com a presença do auditor Fiscal Federal Agropecuário, Newton Cesar Moreira da Silva.
Peste Suína Africana
Visando manter o país livre de PSA, o Mapa vem adotando as providências necessárias e já emitiu alerta para a atuação dos setores de controle de importações, da vigilância agropecuária internacional e dos serviços oficiais de saúde animal, após ocorrências de Peste Suína Africana na República Dominicana.
O diagnóstico foi realizado no Laboratório de Diagnóstico de Doenças Exóticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e após confirmação, o país notificou à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) no dia 29 de julho.
A chegada da PSA ao continente americano aumenta o estado de atenção com intensificação das medidas para prevenir a introdução da doença no Brasil.
A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível e leva a altas taxas de mortalidade e morbidade. Considerada pela OIE como uma das doenças mais relevantes para o comércio internacional de produtos suínos.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína. Produziu 4,436 milhões de toneladas em 2020 – cerca de 4,54% da produção mundial – e exportou 1.024 mil toneladas – 23% da produção nacional – para 97 países.
No Brasil, a doença foi introduzida em 1978 no estado do Rio de Janeiro, por meio de resíduos contaminados de alimentos provenientes de voos internacionais com origem em países onde a doença estava presente. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada no estado de Pernambuco, em novembro de 1981, e as medidas aplicadas pelo serviço veterinário oficial brasileiro permitiram a erradicação da doença em todo seu território e a declaração de país livre de PSA em 1984.