Com o fim do vazio sanitário do algodão, produtores iniciam plantio em Mato Grosso do Sul

  • Publicado em 12 nov 2025 • por Lissandra Daudt Baron •

  • O vazio sanitário do algodão já está terminando em Mato Grosso do Sul e os produtores intensificam os preparativos para iniciar o plantio da safra 2024/2025. De acordo com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), até 30 de novembro o plantio já estará totalmente liberado nas 3 regiões monitoradas pela Agência.

    No Estado, existem atualmente 31 mil hectares de algodão cadastrados, distribuídos em 38 propriedades localizadas em 10 municípios. Há áreas produtivas em todas as regiões de cultivo e, até o momento, 89,5% dessas áreas já foram fiscalizadas. Os números, segundo a Iagro, refletem o compromisso dos produtores com as boas práticas agrícolas e o controle fitossanitário.

    O período de restrição terminou em 30 de outubro na região III, formada por Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Nova Andradina. Com a janela aberta, o plantio nesses municípios deve ser finalizado até 31 de dezembro. Na região II, que abrange 33 municípios, o vazio sanitário vai até 15 de novembro. Na região I, composta por 23 municípios, a liberação ocorrerá em 30 de novembro. Nessas duas regiões (I e II), o plantio do algodão poderá ser feito até 31 de janeiro de 2025 nessas duas regiões.

    Durante o período de vazio sanitário, é proibido o cultivo de algodão e obrigatória a eliminação de plantas voluntárias ou rebrotas que possam servir de abrigo ao inseto. Essa pausa é considerada fundamental para interromper o ciclo do bicudo e assegurar o desenvolvimento saudável das lavouras na próxima safra. A medida integra o Programa Nacional de Controle do Bicudo do Algodoeiro e tem como objetivo proteger as lavouras da principal praga da cultura, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis Boheman).

    Além do cumprimento do vazio sanitário, os produtores devem realizar o cadastro eletrônico das áreas plantadas junto à Iagro até 30 dias após o fim do calendário de semeadura. Outras exigências incluem a adoção do manejo integrado de pragas, o uso racional de defensivos agrícolas e a emissão do Certificado de Destruição de Soqueira, documento necessário para pleitear incentivos fiscais.

    A fiscalização é permanente e pode ocorrer a qualquer momento. O descumprimento das normas pode resultar em perda de benefícios fiscais e outras penalidades. As regras estão estabelecidas na Resolução Conjunta Semadesc/Iagro nº 001, de 2 de julho de 2024, que define as medidas de prevenção e controle do bicudo-do-algodoeiro em Mato Grosso do Sul.

    Rosana Siqueira, da Semadesc com informações da Iagro

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    Sanidade Vegetal

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