A Ferrugem Asiática da Soja foi constatada pela primeira vez, no Continente Americano, em março de 2001, no Paraguai, e no Brasil no Estado do Paraná em maio do mesmo ano. Atualmente, está presente em todas as regiões produtoras de soja do Brasil.
A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e sua disseminação é feita, principalmente, através da dispersão dos uredosporos pelo vento. A doença é favorecida por chuvas bem distribuídas e longo período de molhamento, em condições favoráveis pode ocorrer perda na produtividade de até 70% além do aumento no custo de produção, tendo em vista os elevados custos com aplicação de fungicidas.
No Mato Grosso do Sul são plantados anualmente cerca de 2.300.000 ha com a cultura da soja o que gera uma produção de cerca de 7 milhões de toneladas / ano.
SOJA SÉRIE HISTÓRICA (MS) – DADOS CONAB
O vazio sanitário, período em que deve ser total a ausência de plantas de soja, é uma estratégia de manejo que visa reduzir o inóculo do fungo Phakopsora pachyrhizi, que irá infectar a safra seguinte. Esta medida retarda a entrada da doença na lavoura, com consequente redução do número de aplicações de fungicida.
Dados do Consórcio Antiferrugem constataram que a disseminação da doença no Estado a começou partir da safra 2004/2005.
Em reunião realizada no Sindicato Rural de Chapadão do Sul, no dia 4 de maio de 2006, com a presença de 70 participantes entre produtores, técnicos e pesquisadores foi solicitado ao IAGRO, implementar medidas de prevenção e controle da ferrugem asiática da soja no Estado. Manifestação no mesmo sentido partiu do Sindicato Rural de Maracaju. Destas reuniões originou-se o esboço da Legislação para o combate da doença, surgindo a Lei 3.333, de 21 de dezembro de 2006, alterada pela Lei 3.606 de 19 de dezembro de 2008, tendo como ponto principal o vazio sanitário da soja no período de 01 de julho a 30 de setembro.
Para ajustar o calendário com os Estados vizinhos, Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo, foi publicada a lei 4.218 de 11 de julho de 2012, com alteração do período do vazio sanitário para 15 de junho a 15 de setembro.
A fiscalização efetiva é realizada pelos Fiscais Estaduais Agropecuários (Engenheiros Agrônomos) auxiliados pelos Agentes Fiscais Agropecuários ou Auxiliares de Serviços Agropecuários, por meio de inspeção e vistoria nas propriedades rurais.No primeiro ano (safra 2006/2007) foi realizada fiscalização de orientação, quando o produtor foi notificado sobre a obrigatoriedade de destruir, após a colheita, as plantas voluntárias (soja tiguera ou guaxa) para cumprir o prazo estabelecido para o vazio sanitário. Atualmente as atividades são direcionadas ao período do vazio sanitário. Sendo realizadas fiscalizações e autuações nos casos de:
REGISTRO FOCOS FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA EM MS – FONTE: CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM EMBRAPA
Menor incidência da ferrugem asiática significa menor potencial de infestação na safra seguinte ocasionando redução na aplicação de produtos químicos para o controle da doença, gerando maior produtividade, maior lucro, menor impacto ambiental, dentre outros benefícios.
Visando a prevenção e controle da doença denominada ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizie). Foram atingidos no ano de 2014 pela fiscalização o número de 59 (cinquenta e nove) municípios, totalizando uma área de 1.249.607,25 hectares fiscalizadas, e anteriormente ocupadas por essa cultura. Cada equipe responsável pela fiscalização vistoriou a área ocupada com essa cultura, na safra ano calendário 2013-2014, verificando se o produtor cumpriu com a legislação, ou seja destruiu as plantas voluntarias de soja, ou não realizou plantio voluntário dessa cultura, no período de vigência do vazio sanitário vegetal estabelecido no Estado de Mato Grosso do Sul, entre 15 de junho e 15 de setembro de cada ano, e foram 5.203 (cinco mil duzentos e três) propriedades fiscalizadas sendo emitidos 208 (duzentos e oito) termos de Auto de Infração, sendo 177 por falta de cadastro, 29 por ocorrência de plantas voluntarias e dois por plantio voluntario.