Situação da raiva animal é tema de Seminário de Saúde Pública em Mato Grosso do Sul

  • Publicado em 20 out 2016 • por •

  • Campo Grande (MS) – A situação de duas importantes zoonoses que comprometem a Saúde Única no Brasil e no mundo foi tema de debates durante o segundo dia do VIII Seminário Nacional de Saúde Pública Veterinária, em Campo Grande (MS) que terminou ontem (19). No último dia do evento, palestrantes nacionais e internacionais discutiram a situação da Leishmaniose Visceral e Raiva no Brasil e em Mato Grosso do Sul que teve como um dos palestrantes o fiscal estadual agropecuário, médico veterinário Fábio Shiroma de Araújo.

    Shiroma é coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros na Iagro, e falou sobre a importância de ações educativas no combate à doença. Segundo ele, a baixa ocorrência da enfermidade pode provocar, muitas vezes, reintroduções e consequências negativas. “Quando não há notificação de ocorrências da enfermidade, as pessoas se esquecem de sua existência e não há educação sanitária”, disse.

    Também foi palestrante o médico veterinário Ottorino Cosivi, diretor do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa/OMS), que fez um histórico da raiva canina e humana no mundo. Segundo dados apresentados por Cosivi, a raiva canina ocasiona aproximadamente 59 mil mortes humanas, provocando perdas econômicas substanciais, de cerca de 8,6 milhões de dólares por ano.

    Cosivi destacou ainda o aumento de casos transmitidos por outras espécies na América Latina e a importância da prevenção dentro das ações de saúde pública.

    “Transferir informações é de grande responsabilidade. Na universidade, onde ainda se dedica mais à clínica de pequenos, é fundamental mostrar o papel do médico veterinário na saúde pública, em seu trabalho com a zoonose, na inocuidade de alimentos e com resistência antimicrobiana, por exemplo”, pontuou Cosivi.

    A integrante da CNSPV/CFMV, Adriana Vieira, foi mediadora da mesa de debates e destacou a importância da prevenção. “Precisamos trabalhar antes da agressão acontecer e para isso é preciso estabelecer parcerias do setor público com o privado, garantir que o proprietário tenha conhecimento mínimo do comportamento animal”, afirmou.

    Vieira também destacou a priorização da vigilância no processo. “Quanto mais controlada a doença, maior deve ser o cuidado com a vigilância, o controle das amostras e a forma de transporte e conservação”, disse.

    Após as apresentações houve uma mesa redonda com diversos profissionais ligados à área: além do diretor do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa/OMS), Ottorino Cosivi; Sthenia Amora, presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública do CFMV; Fábio Shiroma de Araújo, coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal – IAGRO; Francisco Edilson Ferreira de Lima Júnior, do Ministério da Saúde; Stephanie Ballatore Holland Lins, da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul; e Ana Paula Antunes Nogueira, do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

    Com informações da Assessoria de imprensa do CRMV-MS

    Foto: CRMV-MS

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