Campo Grande (MS) – Atendendo a um pedido dos pecuaristas da região do pantanal, através do Sindicato Rural de Corumbá e a Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), o Governo do Estado prorrogou através de portaria da Iagro – publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial – a vacinação contra febre aftosa e brucelose do rebanho da região do Pantanal.
Devido as cheias da região do Pantanal, que impossibilitam o manejo adequado do rebanho para realização da vacinação contra a febre aftosa dentro do período estipulado inicialmente, o prazo foi prorrogado e o os animais podem ser vacinados até o dia 30 de julho de 2018. O prazo para o registro da vacinação no sistema também foi estendido e vai até 15 de agosto.
Da mesma forma, e pelos mesmos motivos, a Iagro também prorrogou a vacinação contra a brucelose na região do Pantanal. Os pecuaristas têm até 15 de agosto para vacinar e registrar a vacinação no sistema.
A decisão, que vem de encontro com a demanda dos pecuaristas da região do Pantanal não se estende a vacinação nas propriedades das regiões sanitárias do Planalto e Fronteira, que tiveram prazo até o último dia 15 de junho para vacinação e tem até o próximo dia 30 de junho para registro no sistema.
Vacinação até | Registro até | |
Região do Planalto | 15 de junho | 30 de junho |
Região da Fronteira | 15 de junho | 30 de junho |
Região do Pantanal | 30 de julho | 15 de agosto |
Segundo o Diretor Presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, que neste semestre esteve na Bolívia, em Paris e recentemente em Cuiabá discutindo as ações para retirada definitiva da vacinação contra febre aftosa no Brasil, Mato Grosso do Sul cumpre o seu papel garantindo excelentes números e manterá a média, que é superior a 99% do rebanho vacinado.
MATO GROSSO DO SUL
O rebanho do Estado soma 21 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos e a meta do governo é vacinar 99% dos animais, embora a exigência dos órgãos sanitários seja atingir no mínimo 80%. Garantir que mais de 99% do rebanho do Estado seja vacinado é importante para assegurar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, que o País conquistou recentemente e que deve ampliar o leque de oportunidades de negócios com a carne bovina do Brasil, que hoje já chega a 150 países. Mato Grosso do Sul tem um rebanho altamente produtivo (reduziu e 2 milhões de hectares a área de pastagem, mas mantém o volume de abate), é líder no abate de bezerros com até 24 meses de idade e tem carne de qualidade comprovada.
texto e foto: Kelly Ventorim