Para titular da Iagro desafio agora está em manter o status de País livre de febre aftosa com vacinação

  • Publicado em 05 abr 2018 • por Iza Olmos Rodrigues de Lima •

  • Campo Grande (MS) – Ao participar do evento ‘Dia A: Plena Erradicação da Febre Aftosa no Brasil’ realizado na Federação da Agricultura e Pecuária de MS, em conjunto com o Governo do Estado de MS e a SFA/MS – Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Mato Grosso do Sul, nessa quinta-feira, tendo em pauta, a comemoração do setor agropecuário em relação à conquista do status sanitário do Brasil livre de febre aftosa com vacinação, anunciada pela OIE – Organização Mundial da Saúde Animal, o Diretor Presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Luciano Chiochetta destacou que a conquista é reflexo do trabalho que vem sendo realizado ao longo dos anos numa parceria dos setores público e privado.

    Luciano, com o Deputado Enelvo Felini, na Famasul

    O Diretor Presidente, lembrou ainda que o Estado é pioneiro na luta contra a doença e com o passar dos anos com investimentos,  muito trabalho conjunto foi estruturado um sistema de defesa que hoje garante a sanidade para todo o mundo. “Esse reconhecimento que hoje comemoramos transmite uma segurança para o mercado consumidor dos nossos produtos.

    Segundo Luciano, para que se possa chegar a esse status é preciso todo um trabalho de estruturação do sistema de defesa, que não se restringe somente ao serviço público – a agência estadual e o Ministério – mas todo o setor, como citou indústria, produtores rurais e comerciantes de vacinas, entre outros.

    A partir de agora, Luciano ressalta que o grande desafio está em trabalhar para manter esse status, dando ênfase a extensa faixa de fronteira do Estado, que tem maior vulnerabilidade a doença. “A partir dos últimos focos em 2005 e 2006 na região sudoeste, começamos um trabalho totalmente diferenciado e que se tornou modelo para o País. Criamos a zona de alta vigilância, que só foi possível ser estruturada e mantida graças à investimentos e a parceria com o produtor, como já falamos anteriormente, para então reconquistarmos status e o mercado externo”. Completou.

    Mauricio (Famasul), Celso (SFA) e Jaime (Semagro)

    No evento, que teve a participação do superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do MS (SFA/MS), Celso Martins, o chefe do Serviço de Saúde Animal da SFA/MS, Elvio Cazola, apresentou a linha do tempo da Febre Aftosa no Brasil e, especificamente, de Mato Grosso do Sul. Segundo o especialista, são 123 anos que o País sofre com a enfermidade.

    Cazola, que é médico veterinário, falou sobre o plano de erradicação, destacou que consiste em chegar ao status de livre de aftosa sem vacinação para o Brasil, até 2023. “Essa transição tem que ser de forma sustentável e segura”, explicou o palestrante. “Já são 12 anos sem nenhuma ocorrência”.

    O Presidente da Famasul, Mauricio Saito afirmou que, para o Brasil, o Dia A representa um divisor de águas. “Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor de carne bovina do País. Além disso, o Brasil possui o maior rebanho comercial do Mundo. A erradicação da Aftosa comprova a eficiência sanitária da nossa pecuária”. Completou.

    Secretário Jaime (Semagro)

    Segundo o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul possui excelência no nível de cobertura vacinal e é preciso estar preparados para um novo desafio. “Estruturar ainda mais a Iagro, principalmente na Fronteira e buscar manter a qualidade que temos nos últimos anos em relação à vacinação”.

    Como um ato simbólico, a solenidade encerrou com um churrasco com carnes nobres oferecidas pela Associação Novilho Precoce.

     “Dia A”

    O Dia A é uma comemoração nacional alusiva ao certificado internacional que o Brasil receberá em maio da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação, com o reconhecimento dos estados do Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará.

    Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa

    A intenção do Governo e das instituições do setor é erradicar a doença e obter o reconhecimento mundial do país como livre de aftosa sem vacinação. Para isso, o Ministério da Agricultura elaborou o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, que prevê ações estratégicas para ampliar as zonas livres sem vacinação, com início em 2019 e término em 2023. 

    Kelly Ventorim, com informações da Famasul

    Categorias :

    Sanidade Animal

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