O Diretor Presidente, lembrou ainda que o Estado é pioneiro na luta contra a doença e com o passar dos anos com investimentos, muito trabalho conjunto foi estruturado um sistema de defesa que hoje garante a sanidade para todo o mundo. “Esse reconhecimento que hoje comemoramos transmite uma segurança para o mercado consumidor dos nossos produtos.
Segundo Luciano, para que se possa chegar a esse status é preciso todo um trabalho de estruturação do sistema de defesa, que não se restringe somente ao serviço público – a agência estadual e o Ministério – mas todo o setor, como citou indústria, produtores rurais e comerciantes de vacinas, entre outros.
A partir de agora, Luciano ressalta que o grande desafio está em trabalhar para manter esse status, dando ênfase a extensa faixa de fronteira do Estado, que tem maior vulnerabilidade a doença. “A partir dos últimos focos em 2005 e 2006 na região sudoeste, começamos um trabalho totalmente diferenciado e que se tornou modelo para o País. Criamos a zona de alta vigilância, que só foi possível ser estruturada e mantida graças à investimentos e a parceria com o produtor, como já falamos anteriormente, para então reconquistarmos status e o mercado externo”. Completou.
No evento, que teve a participação do superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do MS (SFA/MS), Celso Martins, o chefe do Serviço de Saúde Animal da SFA/MS, Elvio Cazola, apresentou a linha do tempo da Febre Aftosa no Brasil e, especificamente, de Mato Grosso do Sul. Segundo o especialista, são 123 anos que o País sofre com a enfermidade.
Cazola, que é médico veterinário, falou sobre o plano de erradicação, destacou que consiste em chegar ao status de livre de aftosa sem vacinação para o Brasil, até 2023. “Essa transição tem que ser de forma sustentável e segura”, explicou o palestrante. “Já são 12 anos sem nenhuma ocorrência”.
O Presidente da Famasul, Mauricio Saito afirmou que, para o Brasil, o Dia A representa um divisor de águas. “Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor de carne bovina do País. Além disso, o Brasil possui o maior rebanho comercial do Mundo. A erradicação da Aftosa comprova a eficiência sanitária da nossa pecuária”. Completou.
Segundo o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul possui excelência no nível de cobertura vacinal e é preciso estar preparados para um novo desafio. “Estruturar ainda mais a Iagro, principalmente na Fronteira e buscar manter a qualidade que temos nos últimos anos em relação à vacinação”.
Como um ato simbólico, a solenidade encerrou com um churrasco com carnes nobres oferecidas pela Associação Novilho Precoce.
“Dia A”
O Dia A é uma comemoração nacional alusiva ao certificado internacional que o Brasil receberá em maio da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação, com o reconhecimento dos estados do Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará.
Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa
A intenção do Governo e das instituições do setor é erradicar a doença e obter o reconhecimento mundial do país como livre de aftosa sem vacinação. Para isso, o Ministério da Agricultura elaborou o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, que prevê ações estratégicas para ampliar as zonas livres sem vacinação, com início em 2019 e término em 2023.
Kelly Ventorim, com informações da Famasul