Até o fim do mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que a vacinação contra a febre aftosa no país atinja 150 milhões de cabeças de gado (bovinos e búfalos). A campanha, feita em duas etapas – entre março e novembro –, teve seu término prorrogado (meados de dezembro) para parte de Minas Gerais, Maranhão, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Conforme o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os estados que encerraram a campanha no prazo (novembro) têm até 30 de dezembro para enviar o relatório sobre o número de animais vacinados. O produtor que não vacinar o rebanho será multado (o valor é definido por cada estado e aplicado por cabeça de gado), não poderá transitar com os animais e tampouco comercializar carne e derivados de leite.
Hoje o país não sofre mais com a contaminação causada pelo vírus pertencente ao gênero Aphtovirus, que se espalha rapidamente pelo ar e no raio de 20 quilômetros, dando início a um processo altamente contagioso que leva os animais a perderem peso e ficarem fracos. Se não estivesse sob controle, a doença poderia provocar prejuízos enormes para a atividade. Com um rebanho de 212 milhões de cabeças, o Brasil é o maior exportador global de carne bovina, com mais de 20% das vendas internacionais.
Em 2018, o Brasil espera receber a certificação de “país livre da febre aftosa com vacinação”, da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Santa Catarina é o único estado reconhecido pela organização como “zona livre de aftosa sem vacinação”.