Campo Grande (MS) – Em sua recente participação no Simpósio que discutiu fitossanidade em Mato Grosso do Sul com a participação de renomados especialistas, o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Rangel, fez uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo Governo Federal, citando ações que visam melhorar a qualidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
Na oportunidade, Rangel citou as principais etapas da fiscalização de vegetais, que hoje são destaque na página do MAPA, e detalham os três principais passos necessários para que a fiscalização seja realizada com sucesso e, assim, possa garantir a qualidade dos vegetais.
Visão sistêmica e análise de risco
O primeiro passo é a Análise de Risco de Pragas (ARP). Esse é um instrumento utilizado oficialmente para proteger o agronegócio nacional das possíveis introduções de pragas no país. É um procedimento reconhecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotado pelos países signatários da Convenção Internacional de Proteção de Plantas (Cipv).
Avaliação da lista de pragas quarentenárias
Atualmente são ao todo quase 500 pragas quarentenárias registradas. São feitas duas formas de vigilância dessas pragas. A primeira é a vigilância ampla, feita por meio de fiscalização em aeroportos, portos, postos e fronteira e aduanas especiais. O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), atua na inspeção e fiscalização do trânsito internacional de vegetais, seus produtos e subprodutos. A segunda forma é a vigilância específica, que atua com base em áreas que têm determinada praga ou risco já previamente identificado.
Contingência ou emergência
Esses são procedimentos feitos a partir de um alerta de praga. Após o alerta é feita a identificação da praga por meio de um processo de diagnóstico. O processo de pesquisa pode ser feito nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), do Mapa, ou em outros laboratórios credenciados. Assim a praga pode ser contida, erradicada ou, caso se estabeleça, podem ser definidas técnicas de controle sempre dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas.
Durante o Simpósio, Rangel destacou ainda importância do trabalho da fiscalização e da especial preocupação com Mato Grosso do Sul dada à extensão de sua fronteira, da harmonização das regras de sanidade e da educação sanitária.
Com informações do MAPA.