Iagro realiza monitoramento para comprovar ausência da Peste Suína Clássica e manter o status sanitário de MS

  • Publicado em 13 out 2016 • por •

  • Segundo dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), em Mato Grosso do Sul, a população de suínos passou dos 952.128 animais de 2014 para 1.025.362 em 2015, mesmo com a redução do número de granjas cadastradas que passou de 267 para 259.

    O incremento na produção foi sútil, 7,1%, com o número de abates chegando a 1,4 milhão de animais e a produção de carne atingindo 127,1 mil toneladas, segundo dados da Famasul, que dão conta ainda de que as vendas internacionais do setor totalizaram 14,6 mil toneladas no Estado, registrando queda de 12% em relação a 2014.

    A Iagro, como em anos anteriores, realizou o inquérito soroepidemiológico em 320 criatórios de subsistência de suínos, localizados nos 79 municípios do estado visando demonstrar e documentar a ausência de atividade do vírus da PSC, objetivando aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância ativa da enfermidade. O critério para escolha dos criatórios considerados de maior risco para a introdução do vírus da Peste Suína Clássica, está conforme Norma Interna DSA Nº 05/2009.

    As ações, que envolveram 32 equipes de monitoramento, iniciaram em março e foram finalizadas em abril, com o envio de 1352 amostras para diagnóstico no LANAGRO, laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Pedro Leopoldo, MG.

    Mapa com a localização dos  criatórios participantes do Inquérito PSC 2016

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    Segundo Reny Corrêa Lyrio, da Coordenação Estadual do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), além do inquérito soroepidemiológico, a Iagro é responsável pelo controle sanitário nos estabelecimentos que criam suínos, controle de trânsito animal, educação sanitária, e promoção do bem-estar animal em atendimento às exigências dos mercados nacional e internacional. Através de suas Unidades Locais, a IAGRO realizou trabalhos de vigilância ativa em 238 das 259 granjas de suínos comerciais existentes no Estado.  No período houve ainda monitoramento em frigoríficos do estado, trabalho com barreiras volantes e capacitação de técnicos e trabalhadores da cadeia produtiva. “Todo trabalho de vigilância e fiscalização em estabelecimentos que criam suínos é fundamental para comprovar a sanidade do rebanho do Estado, atestando assim, a qualidade dos produtos de origem suína consumidos pelos mercados interno e externo,  possibilitando  também a  conquistas de novos mercados consumidores internacionais” salienta a coordenadora do programa.


    psc1

    Para o presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, o rígido controle sanitário dos animais, por meio de inquéritos, e a intensificação das fiscalizações do trânsito por meio da vigilância ativa têm assegurado a preservação da sanidade animal e gerado grandes conquistas como o reconhecimento internacional de área livre de Peste Suína Clássica, em maio deste ano. “Buscamos fortalecer a atividade suinícola dando a ela excelentes condições sanitárias, e assim atrair novas indústrias, pois o Estado tem um grande potencial para aumentar a produção de suínos”, destaca o presidente.

    Programa Leitão Vida

    Mesmo afetado com a alta nos custos de produção, que segundo o Centro de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, alcançou 6,21%, o mercado de suínos do Brasil registrou, em janeiro, um aumento da receita com exportações, que chegou aos 8,7%, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e em Mato Grosso do Sul a atividade contabilizou incremento na produção e vem se destacando como uma opção interessante para a diversificação das propriedades.

    Segundo José Nascimento Oliveira, engenheiro agrônomo da equipe de Coordenadoria de Pecuária da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), o que se deve observar nesta atividade são: a conjuntura do mercado global, as expectativas de crescimento e a disposição do Governo em trabalhar para seu incremento.

    O aumento da demanda pela carne suína na China, o incremento da produção do Estado mesmo em tempos de dificuldade financeira pela qual atravessa o País e os incentivos oferecidos pelo Governo do Estado são combinações positivas, segundo Oliveira.

    Sobre este último, o engenheiro agrônomo explica que, um subprograma de apoio a produção de suínos, o ‘Leitão Vida’, desenvolvido dentro do Programa de Avanços da Pecuária (PROAPE), trabalhado na Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf) tem se mostrado, a cada ano, desde sua implementação em 2003 – uma ferramenta interessante e bastante segura para o produtor.

    Depois de beneficiar centenas de produtores, a equipe do ‘Leitão vida’ que tem cadastrado em seu sistema na Sepaf mais de 63.500 matrizes, começou 2016 com a meta de chegar as 80 mil matrizes mantendo o foco nos objetivos que buscam a expansão da atividade para atendimento dos mercados mais exigentes, realizando ações constantes para a atualização e fiscalização sanitária das granjas.

    Através deste programa, com participação efetiva no processo de capitalização do setor o Governo do Estado premia a eficiência e eficácia do produtor, com incentivo financeiro que dispensa as Unidades de Produção de Suínos (UPS) – nas operações internas e interestaduais – do pagamento de ICMS incidente nas operações com animais que ultrapassem, por período de doze meses, o teto de doze animais cevados por matriz. Concede – nas operações internas – 10% de desconto no ICMS apurado sobre os animais da Unidade de Crechário (UC), destinados a terminação, e 30 % para a Unidade Terminadora (UT), deduzidos os créditos decorrentes de entradas tributadas.

    Oliveira explica que diversos são os fatores que contribuem para o bom desempenho do programa nestes 13 anos, como a dedicação dos produtores, mas principalmente o excelente trabalho realizado na área de sanidade pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) que recentemente resultou num sinal verde da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que aceitou o pedido do Ministério da Agricultura para certificar Mato Grosso do Sul e outros treze Estados com o status zona livre de Peste Suína Clássica (PSC), ação que deve ampliar a base territorial de exportação da carne suína brasileira. “O excelente trabalho realizado na área de sanidade contribui significativamente para que tenhamos aqui no Estado uma das melhores carnes suínas do mundo” completou.

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