Dos mais de 700 mil animais da zona de fronteira cerca de 550 mil já foram identificados individualmente e tem seu trânsito controlado pela Iagro em tempo real
Campo Grande (MS) – Desde a instalação do programa que permite que os produtores de Mato Grosso do Sul emitissem as guias de trânsito animal, a GTA, através da internet, o trabalho de modernização dos sistemas da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) foi realizado com foco na segurança, redução de custos, mas principalmente na melhoria da eficiência para o usuário.
Em relação à fronteira, região onde até pouco tempo existiam restrições para exportação de carne, desde os problemas sofridos com a aftosa, há 12 anos, o Governo do Estado, através da Iagro, sempre teve atenção especial. Buscando cumprir todos os acordos para derrubar as restrições e equiparar as condições da região de fronteira ao restante do Estado – que é um dos maiores exportadores de carne in natura do País – foram realizados nos últimos anos importantes trabalhos preventivos e de modernização dos sistemas.
A identificação individual dos animais resultou na reabertura de um importante mercado – a liberação da exportação para a União Europeia.
Aproveitando o período de vacinação contra febre aftosa, onde a equipe da Iagro participa ativamente, o trabalho de identificação nestes dois municípios foi intensificado devendo ser finalizado nos próximos noventa dias.
Sobre esse trabalho, o Diretor Presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, fez questão de destacar o apoio das instituições representativas da classe produtora no Estado, o empenho da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), mas principalmente a participação ativa dos produtores no processo, que culminou inclusive na busca por solucionar um entrave de ordem pratica que surgiu quando da identificação individual eletrônica.
Segundo Luciano, antes que se faça o transporte dos animais identificados, os criadores da fronteira precisam agendar a presença de um profissional da Iagro para que seja feita a leitura dos brincos dos animais identificados e realizado a inserção dessa informação no sistema. “Para evitar que o produtor ficasse totalmente dependente desse agendamento para realizar suas transações reunimos Estado, Famasul e Sindicato Rural [de Bela Vista] para buscar uma solução que não reduzisse a segurança e oferecesse agilidade ao processo.” Completou.
A solução encontrada foi treinar os produtores para uso das maquinas que fazem a leitura dos brincos e colocar pelo menos cinco desses equipamentos disponível no Sindicato Rural de Bela Vista. “Essa solução está sendo testada em forma de projeto piloto em Bela Vista. Avaliaremos nas próximas semanas o resultado e só então faremos a ampliação deste trabalho”. Explicou o diretor.
Dos mais de 700 mil animais da zona de fronteira cerca de 550 mil já foram identificados individualmente e tem seu trânsito controlado pela Iagro em tempo real.
“Temos que trabalhar de forma permanente para ampliar a segurança sanitária do rebanho. Nossa meta é estar preparados para mudar nosso status e ter um rebanho livre de febre aftosa sem vacinação. A defesa sanitária é um trabalho de todos, mas o elo mais importante é o pecuarista.” Comentou o Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Modelo para o País tanto na prevenção da febre aftosa, com elevada eficiência vacinal, quanto no trabalho de orientação e fiscalização do período de vazio sanitário da soja, a Iagro é pioneira na utilização do programa de identificação e sua evolução tem sido observada de perto por outros Estados e Países.
Kelly Ventorim, Assessora de comunicação da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro)