Cosalfa – Um dos objetivos do grupo formado por 13 países é alcançar o status de livre da doença sem vacinação
O diretor Presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Luciano Chiochetta e juntamente com o o Diretor Executivo, Roberto Bueno, o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa – PNEFA, o fiscal estadual agropecuário e médico veterinário, Fernando Endrigo Ramos Garcia e a coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (NCEBT) a médica veterinária, fiscal estadual agropecuária, Daniela de Oliveira Cazola, participaram na ultima semana da 44ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), em Pirenópolis (GO).
No encontro, que tem como tema central a erradicação da febre aftosa do continente americano, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, foi eleito presidente da Cosalfa para o período 2017-2018.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, que representou o ministro Blairo Maggi na abertura do evento. Em seu discurso, Rangel destacou o trabalho de mais de 40 anos da comissão no combate à aftosa na região.
Os participantes do evento analisaram a situação do Programa Hemisférico de Erradicação da Febra Aftosa (PHEFA) e os desafios da próxima etapa, a partir do Plano de Ação 2011-2020. Ações voltadas ao projeto de criação de um Banco Regional de Antígenos/Vacinas da Cosalfa (Banvaco), ao manejo das cepas de febre aftosa de fora da região e à necessidade de manter o sorotipo C nos programas de vacinação sistemática foram propostas no encontro.
O financiamento das atividades contra a doença, a fim de obter o status de zona livre sem vacinação, também foi pauta. Segundo Guilherme Marques, é preciso criar e manter condições sustentáveis para garantir o status do Brasil livre da febre aftosa sem vacinação. Para tanto, ressaltou a necessidade da melhoria do sistema de segurança, com resposta mais rápida de todo serviço veterinário, diagnóstico de forma ágil e a reação do sistema com vista a debelar rapidamente eventuais focos.
A manutenção do status de livre de aftosa, acrescentou Guilherme Marques, também exige o incremento de barreiras primárias para evitar os riscos externos de introdução da doença. Entre eles, o bioterrorismo, que não pode ser desconsiderado nos países da América do Sul, tendo em vista o patrimônio pecuário da região e seu papel fundamental no fornecimento de alimentos para o mundo.
No retorno a Campo Grande, Luciano reforçou o posicionamento cauteloso das autoridades sul mato-grossenses com relação a retirada da vacinação. “Mesmo com a excelência do trabalho realizado no setor de sanidade enossos índices de vacinação superiores a 99% somos cautelosos nas discussões realizadas com vistas a retirada da vacinação, por conta principalmente da extensão de nossas fronteiras”. Pontuou.
Luciano comentou ainda sobre as expectativas com relação ao encontro que acontece nos dias 26 e 27 deste mês e deve reunir técnicos para tratar das estratégias de cada Estados para a retirada da vacina, e discutir ainda o calendário de ações, que foi anunciado em Pirenópolis. O encontro ainda não tem local definido.
Cosalfa
A Cosalfa é constituída por 26 representantes de 13 países (Argentina, Brasil, Bolívia; Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai), sendo um representante do setor público – o Diretor do Serviço Veterinário Oficial – e um representante do setor privado – relacionado com a mais alta entidade nacional que congregue aos produtores pecuários.
Além desses países, o encontro em Pirenópolis contou ainda com a participação de representantes da Espanha, Estados Unidos, França, Nova Zelândia e Suíça.
Promovida pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) com o apoio do Governo do Brasil, por intermédio do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e do Governo do Estado de Goiás, o encontro contou ainda com a participação de diversos organismos internacionais, como a Organização de Saúde Animal (OIE), a Organização das Nações para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Grupo Interamericano de Erradicação da Febre Aftosa (Giefa).
Kelly Ventorim com informações do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA)