Na última reunião de gestão de 2016, o governador Reinaldo Azambuja reuniu o secretariado estadual e assessores para avaliarem as ações de Governo deste ano e discutir o planejamento para 2017
Campo Grande (MS) – Em reunião com o secretariado, nesta sexta-feira (18), governador Reinaldo Azambuja fez um breve relato sobre ações do Governo, planejamento e prioridades para 2017. Reinaldo explicou que com a previsão de mais dois anos de retração econômica, é necessário que o Estado faça o enxugamento da máquina, seja físico ou de gestão, como por exemplo, a redução de valores de contratos. Ele também destacou os investimentos que estão sendo realizados nas áreas de Segurança, Saúde e infraestrutura e considerou que, mesmo num ano difícil para a economia e para o cenário político brasileiro, Mato Grosso do Sul atravessou bem a turbulência de 2016.
Quais os objetivos dessa reunião de gestão?
Os objetivos são principalmente analisar todos os contratos de gestão, aquilo que já foi finalizado, o que estão em andamento e o que não iniciou ainda, mas que fazem parte do planejamento que fizemos no início do Governo. Analisamos também todas as secretarias e as ações que estão em andamento. Os números são bastante satisfatórios e a gente tem certeza que acompanhar o planejamento é essencial.
Essas reuniões são importantes porque temos condições de enxergar e discutir o cenário macro do Estado e, desta forma, planejar as prioridades para as novas ações do Governo.
O que falta avançar dentro do que foi planejado?
Algumas ações foram planejadas mas não iniciaram devido à retração da economia. Os poucos recursos impedem começar uma ação, só que mesmo assim temos avançado bastante. Hoje, temos mais de 60% do que foi planejado iniciado e entregue. Por exemplo, na área de Segurança Pública compramos equipamentos, armamentos, munições, viaturas. Isso foi planejado e foi entregue.
Na área da Saúde, realizamos mensalmente 136 de cirurgias ortopédicas de média e alta complexidade, isso foi planejado. Para terem uma ideia do tamanho do alcance dessa ação, em 2014, foram realizadas apenas 26 cirurgias em todo ano.
O que será prioridade para o próximo ano?
Nossa prioridade será a instalação das escolas em tempo integral. Teremos no próximo ano, 32 escolas de tempo integral que atenderão Campo Grande e algumas cidades do interior de Mato Grosso do Sul.
Ajuste administrativo:
Conversamos também sobre onde o Governo pode ser mais eficiente, onde diminuir estruturas administrativas e, talvez, fazer fusão de uma subsecretaria com uma secretaria. Esse estudo ainda está sendo elaborado. Sabemos que ainda teremos mais dois anos de retração da economia e baixo crescimento e não queremos fazer ajustes somente quando for necessário.
Quais os desafios para MS?
O desafio para qualquer Governo é fazer mais com menos, isso não se emprega apenas no enxugamento da estrutura do Estado, é importante trabalhar também nos contratos. Comprar bem e manter a eficiência. Por exemplo, a questão da emissão das carteiras de identidade, anteriormente o Estado pagava R$ 36. Na renovação do contrato, a empresa queria reajuste para R$ 46, conseguimos passar para R$ 24, isso representa uma economia significativa para as finanças do Estado.
Hoje, dos 27 estados, somente sete estão conseguindo manter o equilíbrio da economia. Salários e fornecedores em dia e Mato Grosso do Sul está mantendo.
Secretariado:
Os secretários que se licenciaram já estão retornando. Quanto a Rose, eu fiz um pedido pessoal para que ela permanecesse na função de vice-governadora. Isso ajuda muito o Estado, neste mês ela já cumpriu duas agendas em Brasília de extrema importância para MS, onde eu não pude estar então vejo que a presença dela e essa parceria na representação do Estado nas agendas nacionais de interesse de Mato Grosso do Sul é fundamental.
Alíquota do diesel:
Fizemos acordo em 2015 com o Sinpetro (Sindicato dos Postos de Combustíveis de Mato Grosso do Sul), mas infelizmente o discurso não se transformou na prática. A redução não chegou à bomba, então não tem o que fazer se o compromisso não é cumprido numa das pontas.
Fechar as contas de MS em equilíbrio:
Vamos fechar com as contas equilibradas, receita e despesa equacionada, pagamentos dos salários em dia, o 13º será pago em dezembro e no início de janeiro, pagaremos a folha de dezembro. Não temos nenhum fornecedor sem receber, nem prestadores de serviços com débitos. Todos os investimentos estão em dia. Todas as pendências estão praticamente zeradas. Isso mostra que o Governo, mesmo na dificuldade conseguiu manter o equilíbrio. MS é um dos poucos estados que tem um equilíbrio fiscal para suportar as turbulências que estão acontecendo.
Texto: Beatricce Bruno
Foto: Chico Ribeiro