“O controle biológico no setor sucroenergético atinge três milhões de hectares, atualmente. Este segmento, aliás, apresenta oportunidade de crescimento considerando que a capacidade total de produção das empresas existentes é suficiente para cobrir apenas 20% da área semeada no país”. A afirmação é do presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, feita durante a abertura do 1º Workshop de Controle Biológico de MS, realizada na sede da Casa Rural, na manhã desta terça-feira (13).
O evento, que vai até o dia 15, contou com a participação de mais de 100 pessoas na cerimônia de abertura é promovido pela UCDB – Universidade Católica Dom Bosco, Fundação MS, Senar/MS – Serviço de Aprendizagem Rural e pelas Embrapas Gado de Corte e Agropecuária Oeste, com apoio do Sistema Famasul. “De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico, para este ano, espera-se crescimento de 15% do setor”, acrescentou Saito dando ênfase também ao Agrinho, programa de responsabilidade do Senar/MS que proporciona a integração do campo com a cidade, atendendo crianças do ensino fundamental da rede pública de Mato Grosso do Sul.
O presidente da Fundação MS e diretor tesoureiro do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes, destacou, durante a abertura do evento, o desempenho do setor produtivo potencializado com o acesso a novas tecnologias e com a informação de qualidade. “O Brasil ocupa hoje um papel de destaque no cenário internacional graças ao trabalho da comunidade científica. Precisamos criar a fomentação institucional para viabilizar, ainda mais, o controle biológico nas propriedades”.
A pesquisadora Chefe Adjunta de Pesquisa Embrapa Gado de Corte, Lucimara Chiari, acrescentou que o controle biológico é efetivo e eficaz, tanto na agricultura como na pastagem. “A interação da cadeia produtiva com as instituições de pesquisa é importante para sabermos as principais demandas do setor e para apresentarmos o nosso trabalho”, afirmou referindo-se à relevância do evento.
De acordo com o secretário de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Renato Roscoe, os debates que acontecerão nos próximos três dias serão produtivos. “O plano estadual de controle biológico servirá para orientar as ações do Governo de forma efetiva para o setor produtivo”.
Para o professor Ruy de Araújo Caldas, um dos organizadores do evento, é muito importante a adoção de uma política sobre controle biológico. “Mato Grosso do Sul tem capacidade de se transformar em uma referência neste tema, por sua competitividade. O Brasil precisa de novos desafios para passar de consumidor a provedor de tecnologia agrícola”.
Além das lideranças já citadas, participaram também do evento, o secretário adjunto de Estado da produção e Agricultura Familiar, Jerônimo Alves Chaves; o diretor-presidente da Fundect – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS e reitor da UFMS – Universidade Federal de MS, Marcelo Augusto Turine; o diretor executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan; a diretora-secretária da Federação, Terezinha Cândido; o presidente da Associação Campo-grandense dos Engenheiros Agrônomos, Tito Livio Canton.
Também estiveram presentes o gerente da Biosul, Érico Paredes; o diretor executivo da Fundação MS, Alex Melotto; o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffman; o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, Harlei Nonato Oliveira; o superintendente da Sepaf, Edwin Baur; a vice-presidente da Iagro, Marina Dobachi.
Programação – A pesquisadora Ana Carolina Pires Veiga (Fundecitrus) é uma das convidadas para o evento. Ela abordará o “Controle Biológico da Diaphorina citri – caso de sucesso Fundecitrus”. Rose Monnerat Solon de Pontes (Embrapa-DF) abordará o uso do Bacillus thuringiensis para controle de pragas e vetores; Adeney de Freitas Bueno (Embrapa-PR) com o controle de percevejos da soja; Cirano José Ulhoa (Universidade Federal de Goiás), que trará aos participantes informações sobre a utilização de fungos; e Antônio Euzébio Goulart Santana (Universidade Federal de Alagoas) com o tema “Utilização de feromônios no controle de Diatrea saccharalis”.
Ainda integram os debates, representantes da Sepaf/MS – Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Agraer – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Imasul – Instituto de Meio Ambiente de MS, Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados, UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Fundect.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sistema Famasul – Ana Brito