A ministra Kátia Abreu propôs para Zhi Shuping parceria estratégica em ciência e tecnologia rural (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
“A reabertura deste importante mercado fortalece ainda mais a posição do Brasil como uma das principais plataformas exportadoras de carne bovina do mundo e reforça a capacidade do País de provar tecnicamente a segurança sanitária de seus produtos”, acredita o CEO da Minerva Foods, Fernando Queiroz.
A empresa, sediada em Barretos, no interior paulista, tem uma das unidades de abate de bovinos habilitadas pelo governo chinês.
A retomada dos embarques de carne bovina do Brasil para a China deve ocorrer já em junho, após a finalização de alguns detalhes de documentos que acompanham as cargas, disse ontem o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio.
Segundo ele, estão habilitadas inicialmente cinco unidades da JBS, duas da Marfrig e uma da Minerva, as mesmas que estavam exportando em 2012, quando a China impôs o embargo.
O anúncio foi feito pelo ministro da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China, Zhi Shuping, durante reunião com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu.
Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a decisão abre espaço para que o país retome as vendas de carne in natura para aquele mercado. Com fim do embargo, está prevista a reabilitação de oito frigoríficos que vendiam a carne bovina para o mercado chinês. Entretanto, a medida também vai possibilitar a habilitação de novos frigoríficos para exportar o produto para a China. Na avalia- ção da CNA, o Brasil está preparado para exportar carne para China, atendendo as exigências sanitárias daquele país.
A reabertura do mercado chinês para a carne brasileira vinha sendo defendida pela CNA desde o anúncio do embargo, no final e 2012, por conta do surgimento de um caso atípico, no Paraná, de Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, sigla em inglês), doença conhecida como vaca louca.
Parceria
Durante a reunião, no Ministério da Agricultura, Kátia Abreu propôs ao ministro chinês uma parceria estratégica na área de ciência e tecnologia a fim de aprofundar a cooperação em transgênicos. A Embrapa já tem uma representação naquele país e atuará como parceira. “Poderemos colher bons frutos para o Brasil”, afirmou.
SI – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – Renê Gardim