A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram, nesta terça-feira (19/5), o protocolo sanitário para a retomada das exportações da carne bovina brasileira para o país asiático. Esta era a medida que faltava para ratificar o fim do embargo chinês, anunciado no ano passado pelo chefe de Estado Xi Jinping. Com a decisão, espera-se um incremento de US$ 1 bilhão nas vendas externas de carne in natura do Brasil.
Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a decisão abre espaço para que o país retome as vendas de carne in natura para aquele mercado. Com fim do embargo, está prevista a reabilitação de oito frigoríficos que vendiam a carne bovina para o mercado chinês. Entretanto, a medida também vai possibilitar a habilitação de novos frigoríficos para exportar o produto para a China. Na avaliação da CNA, o Brasil está preparado para exportar carne para os chineses, atendendo as exigências sanitárias daquele país.
A reabertura do mercado chinês para a carne brasileira vinha sendo defendida pela CNA desde o anúncio do embargo, no final e 2012, por conta do surgimento de um caso atípico, no Paraná, de Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, sigla em inglês), doença conhecida como vaca louca. Na época, mesmo com o foco da doença, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) classificava o país como área de risco insignificante para a incidência da vaca louca.
O país asiático é considerado um dos mercados prioritários pela CNA para os produtos do agronegócio brasileiro. A entidade sempre defendeu a diversificação da pauta comercial com o país asiático, hoje concentrada na soja. Neste contexto, a carne bovina é um dos potenciais produtos para entrar em maior volume no continente asiático.
Para acompanhar as discussões sobre os assuntos de interesse do agronegócio brasileiro e para ajudar o governo brasileiro na promoção comercial do setor, a CNA inaugurou, em 2012, um escritório na capital Pequim, e liderou duas missões empresariais ao país asiático, levando produtores rurais e agroindústrias.
Assessoria de Comunicação da CNA