Apetite mais que oportuno ao Brasil

Categoria: Geral | Publicado: quarta-feira, junho 1, 2016 as 13:34 | Voltar

Com população de 1,3 bilhão de pessoas e um consumo per capita de carnes ainda baixo, a China tem apetite suficiente para aumentar ainda mais as importações do Brasil. Tradicional parceiro comercial no complexo soja, o dragão asiático caminha agora para se consolidar como um dos principais compradores de carnes de frango e bovina brasileira. Não por acaso, a primeira missão internacional do novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tem como destino a China.

Além de participar da reunião de ministros da Agricultura do G-20 nesta semana, Maggi irá se reunir com representantes do governo chinês para tentar destravar a habilitação de oito frigoríficos brasileiros de aves e suínos – três deles no Rio Grande do Sul. As plantas gaúchas que aguardam a liberação são da BRF, em Lajeado, e da JBS, em Caxias do Sul e Frederico Westphalen.

Já vistoriadas por inspeções chinesas, as indústrias dependem apenas de uma formalização para começar os embarques. O Brasil tem hoje 39 unidades de aves e 11 de suínos habilitadas para exportação à China – totalizando vendas de quase 500 mil toneladas por ano. Com a liberação das seis novas plantas, a ser confirmada, os embarques aumentariam para mais de 550 mil toneladas por ano, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De acordo com a entidade, outras 20 unidades brasileiras de carne de frango poderão entrar no mercado chinês nos próximos meses.

– Os chineses são excelentes compradores, pagam bem e são muito fiéis – afirma Francisco Turra, presidente da ABPA.

A capacidade de compra dos chineses ficou clara também no mercado de carne bovina. Em menos de um ano da retomada dos embarques, em junho de 2015, o gigante asiático tornou-se um dos principais destinos das exportações brasileiras do produto. Em abril, a China ocupou a segunda posição com 15 mil toneladas e faturamento de US$ 64 milhões.

Contar com um comprador fiel, em tempos de retração da economia doméstica, não poderia ser mais providencial ao Brasil.

Por Joana Colussi

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