Campo Grande (MS) – Com um rebanho de aproximadamente 20,6 milhões de cabeças de gado, o 4º maior do País, Mato Grosso do Sul – que na primeira etapa de vacinação contra febre aftosa atingiu quase 100% do rebanho (99,21%), altíssimo índice de imunização – já caminha para receber o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.
“Nós vamos encaminhar programas para fortalecer uma carne de qualidade, para ocupar mercados que estão cada vez mais exigentes, cuidando da sanidade com a consciência coletiva que isso é fundamental para abrir novos mercados”, frisa o governador Reinaldo Azambuja.
Reconhecidamente território que instrumentaliza os órgãos que trabalham para manter a sanidade do rebanho, aliado à sustentabilidade da produção, Mato Grosso do Sul trabalha na execução de programas de fomento ao desenvolvimento das cadeias produtivas, de recuperação de pastagens degradadas, de fortalecimento do ‘Novilho Precoce’ e de novos projetos de irrigação e de sustentabilidade da pecuária pantaneira.
O Governo do Estado tem promovido programas de educação e conscientização. Além disso, mais 90% das cidades sul-mato-grossenses contam com comitês municipais de sanidade, que atuam fortemente na implementação de políticas públicas de saúde animal; As áreas de fronteira que antes eram sinônimos de preocupação, hoje continuam merecendo uma atenção especial, mas já são reconhecidas como ‘zonas de excelência’ na sanidade do rebanho.
“Temos demonstrado para o Brasil que a carne é forte em Mato Grosso do Sul”, afirma o secretário-adjunto da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Jerônimo Alves Chaves.
Uma ação conjunta com foco na evolução da produção, integração lavoura-pecuária, genética melhorada, ampliação e especialização da assistência técnica e boas práticas agropecuárias, colocam Mato Grosso do Sul na vanguarda da qualidade do que é produzido em nosso território.
Para tanto, o governo conta com o apoio de produtores rurais e parceiros, como Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Associação Sul-Mato-grossense dos Produtores de Novilho Precoce, Embrapa Gado de Corte e indústrias frigoríficas.
O governo estadual, por meio da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), realiza um trabalho conjunto nas propriedades rurais do Estado, com atenção especial na faixa de fronteira, entre produtores e o serviço veterinário oficial que tem refletido e nos resultados obtidos no último estudo do monitoramento sorológico para avaliação da eficiência da vacinação contra febre aftosa realizada em 2014, na zona livre de febre aftosa com vacinação, divulgado em 30 de abril de 2015, do qual o Estado de Mato Grosso do Sul foi classificado na subpopulação com excelente nível de imunidade, com valor igual ou superior a 90%, tanto na região de fronteira e não fronteira.
Dados da Sepaf apontam que os mais de 7,8 mil pecuaristas cadastrados no Programa Novilho Precoce abateram nos últimos 5 anos quase 3 milhões de bovinos, garantindo um importante incentivo à classe produtora.
O número de abates de animais precoces saltou de cerca de 321 mil em 2007 para 627.320 em 2014, e a média de incentivo por animal macho passou, no mesmo período, de R$ 27,39 para R$ 53,85 para animais machos. O Programa Novilho Precoce com completou 23 anos de existência.
Vinte e seis frigoríficos cadastrados no programa Novilho Precoce já experimentam a realidade vivenciada pelos produtores do Estado, de aumentar o desfrute do rebanho de corte estadual, desenvolvendo o mercado de uma carne de qualidade e de incentivo à eficiência e eficácia do pecuarista, que é premiado com incentivo financeiro pela qualidade do animal.
Matéria de Ludyney Moura (Governo MS)