Vistorias foram realizadas em Paranaíba e Três Lagoas pela equipe de Fiscais Estaduais Agropecuários da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal
Fiscais Estaduais Agropecuários da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) estiveram em Paranaíba e Três Lagoas entre os dias 11 e 15 de setembro.
Na oportunidade foi realizada supervisão quanto a Certificação Fitossanitária de Origem e Permissão de Transito Vegetal, respeitando o que dispõe as Instruções Normativas do MAPA n° 28 e n° 33 de 2016. Através de reuniões técnicas com os Fiscais Estaduais Agropecuários de Três Lagoas e Paranaíba e os proprietários de unidades de produção de banana de Paranaíba para definição das medidas a serem adotadas para atendimento a legislação vigente.
Segundo o coordenador da Divisão, engenheiro agrônomo, Fiscal agropecuário Filipe Portocarrero Petelinkar foram realizadas vistorias em Unidades de Produção de banana em Paranaíba com levantamentos fitossanitários para detecção da praga ‘ácaro vermelho das Palmeiras’, cuja a bananeira também é hospedeiro e a praga ‘sigatoka negra’, da qual os municípios de Paranaíba e Três Lagoas tem declaração de área livre. Ao final do trabalho o relatório informou que as pragas não foram detectadas na unidade de produção vistoriada.
Outro importante trabalho realizado durante esses cinco dias foi o de levantamento fitossanitário visando a detecção oficial do Ácaro Vermelho das palmeiras em plantios comerciais de coco e nas principais vias de acesso nas divisas do Mato Grosso do Sul com o estado de São Paulo e Minas Gerais.
Segundo Filipe as amostras coletadas serão encaminhadas para análise na rede de laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Além de Filipe, participaram das atividades os fiscais Marina Lange Rubin, Marise Garcia Cesar e Marcel Hamed.
Ácaro vermelho
O ácaro vermelho das palmeiras é uma praga conhecida cientificamente como Raoiella indica que pode atacar coqueiros, bananeiras, dendezeiros e mais de noventa espécies de plantas, principalmente palmeiras, causando o amarelecimento severo e necrose das folhas e consequentemente a redução drástica da produtividade, principalmente em plantas novas e mudas em viveiros.
Sigatoka-negra
A Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo. Seu fungo causador é a Mycosphaerella fijiensis Morelet. O desenvolvimento de lesões e a disseminação do fungo ocorrem por umidade, temperatura e vento, ou as folhas doentes utilizadas em barcos e/ou caminhões bananeiros, para proteção dos frutos durante o transporte, e as bananeiras infectadas levadas pelos rios. Estima-se que as perdas devido à Sigatoka-negra têm variado de 70% nos plátanos a 100% nas variedades tipo Prata e Cavendish. Outro efeito imediato provocado pela presença dessa doença é o aumento do custo de controle, em função, basicamente, do maior número de aplicações anuais de fungicidas.
Kelly Ventorim